MANUTENÇÃO GARANTIDA!
1 - 0
Onze! Já lá vão onze jogos sem conhecer a derrota. É este o prémio fantástico para os briosos profissionais da Académica que conseguiram fazer "renascer a fénix", parafraseando Roberto Brum. A partida com o Boavista veio demonstrar, mais uma vez, que a equipa da Briosa está muito madura, que sabe exactamente o que deve fazer ao longo das partidas. É claro que o grande obreiro desta situação é o treinador. Após um início muito dificil, está agora à vista de todos o excelente trabalho que Nelo Vingada tem vindo a fazer em Coimbra.
Quanto ao jogo com o Boavista, o professor Vingada optou pela equipa e pelo esquema habitual (especialmente nos jogos em casa), que tantas alegrias tem dado aos adeptos. Assim, a Briosa alinhou com Pedro Roma; Nuno Luís, Zé António, Zé Castro e Vasco Faísca; Roberto Brum, Paulo Adriano e Hugo Leal; Luciano, Dário e Marcel; desenhando o esquema 4x3x3 que tem dado excelentes resultados. O jogo não foi fácil. O Boavista pressionou muito em todo o campo mas a Briosa mostrou-se sempre segura e tentou esplanar o seu futebol, apesar das dificuldades impostas pelo adversário. Ainda na primeira parte, antes da meia hora, Nelo Vingada substitui Dário (parecia lesionado) por Kenedy. A partir desta altura, muitos dos problemas criados pelo lado direito do Boavista (o lateral Nélson subia muito e nem sempre era acompanhado por Dário) acabaram. A Académica ficou ainda mais segura e controlou melhor as operações. Foi sem surpresa que conseguiu marcar o um a zero. Bom remate de Paulo Adriano à entrada da área, o guarda-redes do Boavista não consegue segurar e Luciano, com muita oportunidade, coloca a bola no fundo da baliza. Explosão de alegria incrível nas bancadas. É de realçar (mais uma vez) a grandeza do nosso clube. Numa sexta-feira à noite, com o jogo a ser transmitido pela televisão, deslocaram-se ao Cidade de Coimbra, mais de doze mil e quinhentos adeptos. Simplesmente fantástico!
A segunda parte desenrola-se a um ritmo não muito elevado. Jaime Pacheco coloca Hugo Almeida, depois Guga, e, quase no final, ainda coloca o chileno Flores, passando a jogar com uma frente atacante de três homens. Apesar disso o Boavista não conseguiu massacrar a Briosa, que nunca esteve numa situação complicada e até conseguia sair bem para o ataque. Mesmo assim, nas duas únicas falhas de marcação da defesa da Académica, Hugo Almeida poderia ter marcado, mas falhou essas oportunidades de forma escandalosa. É de referir que a substituição de Dário por Kenedy, para além de dar a consistência que faltara ao lado esquerdo da equipa no início da partida, também possibilitou que a equipa tivesse já os recursos necessários para o inevitável reforço atacante boavisteiro após o golo da Briosa, uma vez que Kenedy poderia fazer a posição de lateral esquerdo e Faísca derivar para o centro para reforçar a zona central da defesa. Assim se explica que, apesar da entrada de avançados do lado do Boavista, a Académica continuou serena ao ponto de Danilo só ter entrado já perto do final da partida.
Excelente resultado. MANUTENÇÃO GARANTIDA! (apesar de, matematicamente, ainda ser necessário um ponto)